Eu peguei esse livro para ler porque tinha acabado de terminar uma trilogia que devastou meu coração, então nada melhor como um romance espírita para fazer a gente refletir e ao mesmo tempo se deliciar com a história.
A história gira em torno da família de Paula, uma moça bonita e ao mesmo tempo muito insegura, que vive um relacionamento abusivo mas que ao mesmo tempo ama o esposo, Humberto, e não consegue se imaginar sem ele. Paula se vê obrigada a denunciar o marido no dia que em vai para o hospital por sofrer agressão física e além disso descobre seu irmão, internado no mesmo hospital por ter apanhado de Humberto.
A situação de Paula começa a melhorar quando se reaproxima de sua amiga e policial Marta, que a faz entender sobre a situação que ela estava vivendo. A única pessoa que não entende tudo isso é sua mãe, Helena, que por viver ainda na época passada, acredita que a culpa da situação é de Paula e não aceita um filho homossexual pelo seu preconceito.
O que podemos perceber na história, é que a situação gira em torno de Paula, que por estar fragilidade, ainda se vê com uma baixa auto-estima dificultando o seu entendimento sobre a vida que está levando. Porém Paula não se deixa abater e vai atrás dos seus sonhos. No fim, vimos uma protagonista fortalecida e que cresceu ao longo da história.
Uma questão que vejo como um ponto negativo no livro é o próprio ensinamento espiritual. Na escrita, as pessoas envolvidas recebem a orientação espiritual, mas não fazem nenhum tipo de estudo e não incentivam no livro. Um ponto importante na doutrina espírita é o estudo, então no livro isso deixou a desejar.
Achei uma leitura bem fluida e rápida. Indico o livro para que as pessoas possam conhecer um pouco como o preconceito e a intolerância pode influenciar na nossa evolução moral.
*Livro cedido pela Editora
Título: Cada um é o que é
Autor: Meire Campezzi Marques
Editora: Vida & Consciência
Páginas: 304
Sinopse: Cada um de nós sofre algum tipo de preconceito. Vivemos em uma sociedade cheia de normas, regras, condutas, padrões de beleza e comportamento rígidos, que nos conduzem à homogeneização, desrespeitando um dos princípios sagrados da natureza: a diversidade.
Nascemos com qualidades únicas. Temos gostos, vontades, desejos, tendências e tipos físicos distintos, justamente para aprendermos a nos aceitar incondicionalmente, o que talvez seja um dos maiores desafios impostos pela vida.
Este romance mostra que a autoaceitação é o único caminho possível para uma vida harmoniosa, equilibrada e repleta de paz e que é preciso aceitar as diferenças, entendendo que cada um se manifesta conforme seu nível de evolução, tenta fazer o melhor que pode e dá apenas o que tem. Afinal, cada um é o que é.
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