Hoje a resenha é sobre o livro "Nada digo de ti, que em ti não veja" de Eliana Alves Cruz.
Foto retirada de Arquivo Pessoal |
Gente, e não é que o nosso grupo de Whatsapp virou um Clube lindo?! Então, estamos lendo mensalmente um livro, e o do mês de Janeiro foi esse da Eliana.
E que leitura minha gente! Eu só tenho a agradecer a Janaina, mediadora do Clube e leitora que eu conheci através de uma amiga e hoje virou uma amiga também.
O livro é um romance histórico, que transpassa o Brasil de 1732. Um Brasil com senhores e escravos, com a chegada da inquisição, com os seus preconceitos e a sua população corrupta (existem coisas que não mudam, não é mesmo?).
E a medida que a leitura evolui, conhecemos Vitoria, uma negra linda e super habilidosa com a faca, e além disso, que tem um grande dom de desvendar segredos e nas horas vagas acaba se envolvendo com Felipe Gama, filho mais novo de uma família tradicional, rica e que estava de casamento marcado com Sianinha Muniz, uma jovem sonhadora, que almejava coisas que não podia ter e que esperava casar, porque acreditava que só assim seria feliz.
Foto retirada de Arquivo Pessoal |
E vamos conhecer Antonio Gama, pai de Felipe, e que ajuda seu filho mais velho Balthazar a administrar os bens da família no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, e que não vê a hora de entregar as tarefas ao filho mais novo. Antonio é casado com Manuella, sua segunda esposa e mãe de Felipe. O que Antonio não diz é que , o que apresenta de força e virilidade fora de casa, deixava a desejar dentro de casa.
E vamos conhecer também Frei Saldanha Sardinha que veio de Portugal para fiscalizar e verificar como era a terra do pecado, como era vista o Brasil naquele tempo.
E vamos conhecer Salvalu, um negro escravo, que fará de tudo para libertar seus amores e tentar planejar o futuro.
Foto retirada de Arquivo Pessoal |
Eu poderia ficar aqui horas falando de todos os personagens e de como esse livro é importante, pois temos uma mulher trans, que está ali firme para mostrar a que veio e o narrador é perfeito, conseguimos navegar na história e conseguimos entender as nuances de cada personagem e como as histórias se entrelaçam. Além disso, a história traz nuances de como era o Brasil naquele século e podemos fazer uma comparação aos nossos dias atuais. Um Brasil com seus preconceitos, sua hipocrisia e sua fé fake, que justifica o ódio, a matança e as grandes traições.
A escrita da Eliana é fluida e muito gostosa, eu li super rápido, então gente, vocês estão esperando o que para conhecer essa obra prima? Vem ler e embarcar nesse Rio de Janeiro do século XVIII.
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Título: Nada digo de ti, que em ti não veja
Páginas: 200
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