Eu li esse livro para participar de um Clube de Leitura e vou contar para vocês o que achei da história.
O livro trás as memórias de Esperança, uma senhora que conta as suas histórias para que não esqueça delas. Ela narra fatos importantes de uma família nordestina, as comidas, as crenças e os medos entre os meados de 1930 a 1960, que marcaram a Era Vargas até a Ditadura Militar no país.
Esperança era conhecida como Essa Menina e aí explica o nome do livro.
A cultura das festas juninas na região, que eram muito ricas e tudo muito bonito.
As ideias de Essa Menina e os seus pensamentos nos fizeram mergulhar na sua história e ao mesmo tempo nos questionar sobre esse tempo que era, ao mesmo tempo tão castigante para os mais vulneráveis ainda sim tudo era resolvido e envolvido em família.
No contexto geral do livro eu gostei, no início achei a leitura bem arrastada e bem cansativa, mas no decorrer pude observar as culturas e todo o contexto histórico envolvendo a família de Essa Menina, pois sendo o pai Comunista ele vivia preso e ela não se conformava. Sentia muita saudade do pai, mas sempre esperava ele sair da prisão.
Outro fator que me deixou confuso, era que a Esperança ia e voltava nas histórias, mas isso não foi um ponto ruim, pois enquanto narrava, ela ia se lembrando de fatos e já ia emendando uma história na outra.
De modo geral, é um livro que pessoas mais velhas se identificam bastante, por toda a história e as narrativas, nos remete a infância e nos faz lembrar de situações que nós passamos.
Se você gosta de livros de memória, leia esse livro e se não gosta leia assim mesmo, pois irá sair da sua zona de conforto.
Embarquem comigo nessa aventura de Paris a Parapiranga.
Livro: Essa Menina
Autor: Tina Correia
Gênero: Drama
Editora: Alfaguara/Objetiva
Páginas: 272
Sinopse: Durante muito tempo, ninguém soube o verdadeiro nome de Esperança. Para todos, ela era Essa Menina. Decidida a reunir num livro as memórias de sua infância, ela desperta a criança curiosa que vivia a escutar a conversa dos adultos. Ao descrever as festas, as comidas e as brincadeiras no quintal, revela ao leitor, ainda que sob a perspectiva infantil, os anseios, fragilidades e sonhos dos que estavam à sua volta.
Os grandes eventos políticos dos anos 1930 a 1960 são o pano de fundo dessas dramáticas e emocionantes histórias. Ora testemunha, ora protagonista, é a menina de olhos grandes e curiosos quem nos conduz por essa narrativa quase mítica, ambientada no interior do Nordeste.
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