Eu recebi esse livro na Sessão Intrínseca e fiquei bem interessada pela história por ser um livro de memórias.
Sim, a autora contou a sua vida de uma forma que nos faz repensar muitas coisas.
Glennon é aquela típica menina que mora em um lugar bom e tem uma família que a ama muito. Aos dez anos de idade ela questiona a sua vida, por se achar gordinha, acredita que seria mais feliz se fosse magra, bonita e chamasse a atenção na escola. E sentada no sofá em um belo dia, presenciou na televisão uma moça que comeu tudo que tinha vontade e depois foi ao banheiro e vomitou toda aquela comida. No rosto da moça da TV Glennon viu satisfação e um pequeno vislumbre de felicidade, e a partir daí que a autora se tornou bulímica. E foram anos e anos comendo e vomitando, e com isso vieram as amizades mais importantes na escola, os namorados, a pseudo felicidade por conseguir comer de tudo, mas não na frente dos outros.
Glennon passou pelo ensino médio e conheceu o prazer que o álcool exercia sobre sua vida. Já na faculdade bebia para esquecer e conseguir se envolver sexualmente com seu namorado. Passou os anos da faculdade assim, vomitando e bebendo tudo que tinha ingerido, dormia e acordava e assim via os anos passando. Alcolista, bulímica, porém magra e linda. Esse era o preço para se manter na sociedade.
Em um feriado, estava aproveitando com as amigas e avistou Craig, no qual já havia gostado ainda quando morava com os pais. Os dois começaram a sair. E entre várias questões, choros e descobertas eles se casam.
Anos depois de casados, Glennon descobre que o marido sempre a traiu e hoje está tentando reparar o seu erro. Tentar deixar para trás os erros e reparar a sua vida para viver melhor é uma questão que ela descobrirá ao decorrer dos anos e isso torna a leitura muito fluida e ao mesmo tempo emocionante.
A autora trás de uma maneira honesta e clara seus medos, vícios e receios. Glennon via sua vida ir para o bueiro, mas a falta de amor próprio e o desejo de manter o padrão de beleza que a sociedade cobra tanto, faz com que ela tenha recaídas e não consiga andar sozinha.
O sexo entre seus parceiros também é um tabu e no decorrer da leitura, conseguimos entender porque ela não gostava de se relacionar ou fazia por obrigação. E olha, que nessa parte eu realmente fiquei bem chocada e ao mesmo tempo surpresa.
A bulimia fez parte da vida dela desde pequena, imagina o sofrimento de uma criança, com dez anos que vomitava, comia, vomitava, comia... esse era um círculo vicioso e sozinha ela não conseguia se libertar. Os pais a ajudaram bastante nessa fase. Foram anos de terapia, só que o que faltava na Glennon era amor próprio, auto estima, que ela não tinha e isso fazia com que ela sempre tivesse recaídas.
E hoje nós temos que refletir sobre o que é "padrão de beleza"? Porque não conseguimos nos aceitar do jeito que somos? O que nos falta para que sejamos momentaneamente felizes? São questionamentos que eu mesma me faço e deixo para vocês como reflexão.
O livro me passou que fazer as coisas que tem vontade, dançar, cantar e pular, ter amor próprio, ser dona de si, ser mulher, ser amiga e ser guerreira é o que importa. Leiam o livro e conheçam a linda história da Glennon, vocês não irão se arrepender.
Título: Somos Guerreiras
Autor: Glennon Doyle Melton
Editora: Intrínseca
Páginas: 320
Sinopse:Um marido lindo e atencioso, filhos encantadores, o reconhecimento pelo sucesso profissional. O que mais Glennon poderia querer? A resposta é: mais, muito mais. Ela queria não ter tantas dúvidas, queria se comunicar melhor com o marido, queria apagar de sua história a bulimia e o alcoolismo, queria se encaixar nos padrões... queria que o marido não a tivesse traído e que o casamento não tivesse se revelado uma tábua de salvação tão fracassada.
Mas o que parece a maior das tragédias, acaba se tornando a grande chance de Glennon. A crise conjugal traz à tona seus velhos demônios e a obriga, pela primeira vez, a encarar francamente as questões que antes foram apenas sublimadas. Enquanto todos cobram dela uma decisão sobre o possível divórcio, Glennon se volta para si mesma em busca da própria voz: não a da jovem perfeita que ela um dia quis ser, não a da esposa cujo relacionamento fracassou, não a da mãe abnegada, mas, sim, a voz da mulher de verdade que sempre existiu por trás de todos esses papéis.
Glennon Doyle Melton é a mulher que talvez você conheça, a vizinha, a colega, a irmã de um amigo. Talvez seja você. Somos guerreiras revela não só a história de Glennon, mas a guerra diária travada pela mulher que busca simplesmente ser quem ela é — um relato corajoso que chama a atenção para o fato de que nascer mulher e existir plenamente é quase um ato revolucionário.
Ja estava com vontade de ler e depois do seu post, fiquei ainda mais
ResponderExcluirAdorei!
Vai pra lista
Bjks mil
Ele é muito bom mesmo Clau, vale a pena! Bjs
Excluir