Eu comecei a ler esse livro muito despretensiosamente. Até então, não tinha lido nada dele e simplesmente me surpreendi.
A escrita do Karnal é leve e ele te transporta a questões sociais, emocionais e familiares que você se questiona bastante.
O livro é dividido em sete partes, que mesclam entre profissional e pessoal e suas vivências no decorrer dos anos. Há crítica sobre esse mundo virtual louco no qual vivemos, no qual as pessoas esquecem que somos seres humanos e acham que só porque a pessoa é famosa, ela pode ser importunada em qualquer hora e local por uma foto.
Karnal faz uma crítica também aos tempos atuais, na época das eleições, sobre futuros candidatos a presidência e o que podemos esperar sobre um novo tempo.
O autor também traz uma análise sobre as relações afetivas, a forma como, nos tempos atuais, estamos nos relacionando e como isso pode impactar na formação do indivíduo.
Por se tratar de um livro sobre vários pontos reflexivos, não é uma leitura rápida, mas é uma leitura leve e muito interessante de se fazer. Gostei bastante da leitura e das ponderações que o Karnal faz. Confesso que teve muitos momentos que ri e alguns que me emocionei bastante.
O autor também nos fala sobre o seu amor pela leitura e alguns autores que sempre estiveram em sua vida e como fazer um comparativo e até estimular um pouco as novas gerações a leitura. Consegui fazer uma análise sobre várias questões, principalmente a forma como a tecnologia é utilizada, tanto para o bem, como para o mal.
Eu gostei bastante da leitura e a recomendo de olhos fechados. Leia de mente e corações abertos, você vai se surpreender.
Título: O mundo como eu vejo
Autor: Leandro Karnal
Editora: Contexto
Páginas: 272
Sinopse: “O leitor é um bom julgador quando se alegra e quando se irrita. Ele existe como conceito e como comunicação real. Tenho quem me ame por princípio e, claro, desenvolvi os haters sistemáticos. A rigor, ambos me procuram e analisam. Um dos aprendizados da grande mídia é que a responsabilidade do autor sobre o texto é vaga. Solto ao ar, como pluma de cinco mil toques, desperta tudo ao sabor de um vento subjetivo. É um gesto de humildade do autor não querer dominar ou dirigir a hermenêutica do leitor. Ela pertence ao imponderável e ao subjetivo. Mais uma vez recorro ao meu estimado leitor e à minha querida leitora: discordem, concluam, concordem ou lamentem, mas sempre leiam e formem sua própria peça multifacetada da aventura do saber. A magia do conhecimento é maior do que todos nós.”
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