Mostrando postagens com marcador Editora Contexto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Editora Contexto. Mostrar todas as postagens

28 de dezembro de 2019

{Resenha} Estados Unidos na Prática

Hoje a resenha é sobre o livro "Estados Unidos na Prática" de Virgilio Galvão.

Foto retirada de Arquivo Pessoal
Virgilio é paulistano, se formou em Rádio e TV pela FAAP e trabalhou como editor em produtoras independentes e algumas emissoras de TV. Mudou-se para Nova York em 2015 e traz através do livro, sua experiência e vivência na terra do tio Sam. 

O autor separa o livro por tópicos, então a introdução já é bem rica, pois ele aborda os motivos de não se gostar do país e/ou porque morar em um país que ainda tem tantos problemas, apesar de ser desenvolvido?

Virgilio pontua alguns fatores como: a expectativa de vida é mais baixa dentre os países de primeiro mundo, a saúde não é lá essas coisas, as universidades em sua maioria são pagas e você tem que trabalhar arduamente para ter alguma coisa na vida. Afinal, para o americano, tempo é dinheiro, por isso, muitos dos direitos trabalhistas que a gente tem, eles não conseguem nem imaginar como seja. E ainda assim, muita gente, imigrantes e nativos amam os Estados Unidos. 

As eleições deles é uma bagunça, mas o voto não é obrigatório e isso acaba facilitando o entendimento das pessoas em votar, em um voto um pouco mais consciente. Os adolescentes são cobrados desde cedo para irem muito bem na escola e até conseguir um incentivo esportivo, pois só assim conseguem fazer uma boa faculdade e tentar se inserir no mercado de trabalho. Ainda assim, é muito difícil porque por mais que existam faculdades públicas, você ainda paga uma porcentagem. Eu achei bem complexo. 
Foto retirada de Arquivo Pessoal
Agora, por que que as pessoas ainda querem viver nesse país, sabendo que existem inúmeros  problemas? Esse questionamento eu sempre me faço, porque o Brasil é muito rico em muitos aspectos, mas a segurança é algo que incomoda aqui, principalmente como mulher. Além disso, a corrupção é algo que deixa a população de mãos atadas. Fazer algo errado aqui no Brasil é fácil e muitas das vezes as pessoas não são punidas. Isso é bem desgastante e triste ao mesmo tempo. 

Virgilio pontuou tudo isso e não se arrepende da escolha que fez. Achei bem interessante o seu ponto de vista e deu até uma vontadinha (bem pequena) de se aventurar rs. 
Eu gostei bastante do livro, de uma forma didática e simples, o autor fala de todos os pontos positivos e negativos de se viver em um outro país. A leitura foi bem fluida e rápida. 

Apesar de ser um tema bem pontual, acho importante no momento de governo que estamos hoje, sabermos dos prós e contras de sair do Brasil, afinal ninguém sabe o dia de amanhã. 

Vem embarcar nessa não-ficção que fará você ficar bem curioso como é se morar fora.

*Livro cedido em parceria com a Editora.

Onde Comprar: Amazon
Título: Estados Unidos na Prática
Autor: Virgilio Galvão
Editora: Contexto
Páginas: 254
Sinopse: Mais de um milhão de brasileiros vive atualmente nos eua e um número bem maior deles sonha em, um dia, tentar a vida por lá. Vale a pena? Como será de verdade, e não em sonho, a vida naquele país? Virgilio Galvão, brasileiro radicado em Nova York, mostra neste livro o que é necessário saber para entender essa nação que tanto nos fascina: os Estados Unidos vistos de dentro e desvendados nos detalhes mais íntimos, de sua estrutura ao seu cotidiano. Dos empregos ao sistema médico, da comida à educação dos filhos, este livro orienta quem quer saber em que viver lá é diferente de viver aqui.



20 de setembro de 2019

{Resenha} O Coração das Coisas

Hoje a resenha é sobre "O coração das Coisas" de Leandro Karnal.

Foto retirada de arquivo pessoal

Eu confesso para vocês que já virei fã da escrita do Karnal. Ele traz um apanhado de títulos que nos fazem pensar e enxergar com outros olhos algumas situações do cotidiano. E esse livro não é muito diferente do que anterior dele, que eu li e tem resenha no blog.

O livro é dividido em cinco partes e cada uma vai trazer um apanhado de ideias sobre aspectos culturais, filosóficos, históricos e do cotidiano.

O que eu acho mais interessante na escrito dele é a forma como se desenrola um assunto, já emendando em outro e fechando com um questionamento para o leitor. Saí de todos os capítulos bem reflexiva por várias questões abordadas e da forma como ele aborda, como por exemplo, as relações afetivas, a religião, a política (e um capítulo inteiro sobre o que estamos passando no nosso país), a imprensa, a educação e tantos outros temas importantíssimos para o nosso questionamento.

Karnal narra de um jeito leve temas pesados e nos faz algumas críticas de uma forma sútil.

A leitura é rápida, porém não tão fácil. Por ser historiador, filósofo e professor, Karnal traz alguns temas mais complexos que precisam ser destrinchados para ser bem compreendidos, porém você leva a leitura de uma forma bem tranquila, nada que a gente tenha que manter um dicionário do lado rs.

Eu super indico essa leitura e os outros títulos do Leandro. É uma leitura para levar para a vida e se possível reler a cada um ou dois anos, porque o mundo evolui em alguns aspectos, mas em outros parecemos que ainda estamos na idade média.

Vem embarcar comigo nessa história.

*Livro cedido em parceria com a Editora.

Título: O Coração das Coisas
Autor: Leandro Karnal
Editora: Editora Contexto
Páginas: 272
Sinopse:  O título saiu de uma crônica: ‘O coração das coisas’. A ideia não é mostrar aquele texto sobre o coração músculo e o coração símbolo como o texto mais definidor. A ideia é que tudo possui uma parte interna, um coração, uma alma para quem desejar, uma essência, se nosso senso filosófico não estiver de mau humor. Olhar além da aparência, pensar o interior de tudo, ver partes que a fala, o gesto e o fato parecem ocultar, eis o motivo do título. Viver é decifrar signos ‘sem ser sábio competente’, como cantava Violeta Parra. Os signos nos excedem, como excederam Violeta, que acabou se matando. É sempre preciso ter esperança, muita paciência, humildade e tentar, de vez em quando, ouvir o bater do coração das coisas. Esse tem sido o meu desafio. Eis uma parte do meu itinerário pela frente. - Leandro Karnal

5 de junho de 2019

{Resenha} O mundo como eu vejo

Hoje a resenha é sobre o livro "O mundo como eu vejo" de Leandro Karnal.

Eu comecei a ler esse livro muito despretensiosamente. Até então, não tinha lido nada dele e simplesmente me surpreendi. 
A escrita do Karnal é leve e ele te transporta a questões sociais, emocionais e familiares que você se questiona bastante.

O livro é dividido em sete partes, que mesclam entre profissional e pessoal e suas vivências no decorrer dos anos. Há crítica sobre esse mundo virtual louco no qual vivemos, no qual as pessoas esquecem que somos seres humanos e acham que só porque a pessoa é famosa, ela pode ser importunada em qualquer hora e local por uma foto. 

Karnal faz uma crítica também aos tempos atuais, na época das eleições, sobre futuros candidatos a presidência e o que podemos esperar sobre um novo tempo. 

O autor também traz uma análise sobre as relações afetivas, a forma como, nos tempos atuais, estamos nos relacionando e como isso pode impactar na formação do indivíduo.

Por se tratar de um livro sobre vários pontos reflexivos, não é uma leitura rápida, mas é uma leitura leve e muito interessante de se fazer. Gostei bastante da leitura e das ponderações que o Karnal faz. Confesso que teve muitos momentos que ri e alguns que me emocionei bastante. 

O autor também nos fala sobre o seu amor pela leitura e alguns autores que sempre estiveram em sua vida e como fazer um comparativo e até estimular um pouco as novas gerações a leitura. Consegui fazer uma análise sobre várias questões, principalmente a forma como a tecnologia é utilizada, tanto para o bem, como para o mal.

Eu gostei bastante da leitura e a recomendo de olhos fechados. Leia de mente e corações abertos, você vai se surpreender. 

Título: O mundo como eu vejo
Autor: Leandro Karnal
Editora: Contexto
Páginas: 272
Sinopse: “O leitor é um bom julgador quando se alegra e quando se irrita. Ele existe como conceito e como comunicação real. Tenho quem me ame por princípio e, claro, desenvolvi os haters sistemáticos. A rigor, ambos me procuram e analisam. Um dos aprendizados da grande mídia é que a responsabilidade do autor sobre o texto é vaga. Solto ao ar, como pluma de cinco mil toques, desperta tudo ao sabor de um vento subjetivo. É um gesto de humildade do autor não querer dominar ou dirigir a hermenêutica do leitor. Ela pertence ao imponderável e ao subjetivo. Mais uma vez recorro ao meu estimado leitor e à minha querida leitora: discordem, concluam, concordem ou lamentem, mas sempre leiam e formem sua própria peça multifacetada da aventura do saber. A magia do conhecimento é maior do que todos nós.” 

21 de abril de 2019

{Resenha} Filosofia do Cotidiano

Hoje a resenha é sobre o livro "Filosofia do Cotidiano, um pequeno tratado sobre questões menores"de Luiz Felipe Pondé.


Confesso que quando vi o lançamento desse livro, fiquei bem empolgada. Não conhecia nada do autor e a leitura foi interessante para isso. 

Pondé traz algumas questões e reflexões do cotidiano que ele faz de uma forma descontraída e clara acerca de diversos assuntos do dia-a-dia que nos faz pensar e agir de um modo imposto pela sociedade, amigos, família.

O livro é dividido em vinte e cinco capítulos nos quais, o autor, não tem medo ou receio de expor sua opinião e aquilo que não é conveniente para os outros, de um modo geral. Em alguns momentos, há uma forma meio sátira e outros um humor mais ácido. 

Para os amantes da filosofia e de reflexões, é um livro no qual podemos questionar muitas coisas, concordar e discordar sem medo e ainda assim pensar, analisar e criticar, inclusive as nossas ações e condutas. 
"Eis o segredo dos sites de relacionamento: o fora é on-line, não carrega a violência da vida off-line"
Uma parte que achei bem interessante foi a forma como ele fala dos aplicativos de relacionamento. O ponto principal é vislumbrar uma sociedade que está cansada de ir atras das coisas, e isso implica relacionar-se. Porque, assim como Pondé fala, é muito mais difícil você levar um fora ao vivo do que não receber o like naquela foto que você tirou em algum momento da sua vida. 

Em algumas partes do livro, fiquei bem incomodada com as colocações do autor. Confesso que em dado momento questionei a leitura, porém é importante entender os pontos nos quais ele traz uma certa polêmica e como fazer disso uma análise, partindo do ponto de que cada um acredita. 

Eu acho a leitura interessante e uma forma de entendermos mais essas questões menores que não conseguimos sequer parar para refletir, no nosso dia-a-dia. 

Vem embarcar na leitura. 


Título: Filosofia do Cotidiano - um pequeno tratado sobre questões menores
Autor: Luiz Felipe Pondé
Editora: Contexto
Páginas: 128
Sinopse: “Filosofar nunca foi sobre deixar você feliz. É que andam mentindo muito por aí. Filosofar está mais ligado ao despertar do sonambulismo. Essa é minha proposta nesta conversa com você.”
“Quem tem medo de sofrer é incapaz de desejar.”
“A obsessão pela felicidade faz de você um chato. Como escapar dessa armadilha? Escolher o fracasso? Não precisa, ele te achará. Viver sem fórmulas é o desafio.”
“Uma certa dose de banalidade na vida é indício de alguma saúde mental, só gente doente e chata quer ser absolutamente relevante em tudo que faz.”
***
“O cotidiano nem sempre é tomado apenas por questões profundas. E nem só delas vive o homem, mas também de banalidades. Muitas vezes, ele é tomado por questões ‘menores’, e é a elas que nos dedicaremos aqui. O cotidiano tenderá a ser mais pobre no futuro. Mais entediante e previsível. Refletiremos sobre pequenas questões neste livro.” - Luiz Felipe Pondé

6 de janeiro de 2019

{Resenha} A amiga de Leonardo Da Vinci

Hoje a resenha é sobre o livro "A amiga de Leonardo Da Vinci" de Antonio Cavanillas de Blas.


O livro conta a história de Cecília Gallerani, que foi retratada por Leonardo Da Vinci na pintura renascentista Dama com arminho
Confesso que quando comecei a ler o livro, fiquei bem empolgada, por adoro esses livros históricos que contam a vida da pessoa. 

Cecília já era uma criança muito bonita e tinha um talento para as artes. Recebeu aulas de Leonardo, na época em que pintou vários quadros famosos, mas não imaginava que se tornaria um ícone da pintura. 

Leonardo se aproximou bastante de Cecília e a viu se desenvolver de uma menina para uma mulher que sabia muito bem o que queria. Desde cedo, Cecília era convicta de que não se casaria com qualquer um, e chegou a esconder a sua primeira menarca da família para não se casar com um homem muito mais velho que ela na época (com 13 anos).

Conhecida pelo seu talento e também por ser durante um tempo amante de Ludovico Sforza, o Mouro, e Duque de Milão. 

A menina que cativou os olhares e o amor de Ludovico, viu se tornar mulher e amadurecer com ele. Cecília já era uma mulher muito a frente do seu tempo, em relação ao seu corpo, aos seus desejos e aos anseios sobre o futuro. Cultivou a amizade com Leonardo até o momento em que ele saiu da Itália e foi para França. 

Leonardo fez o quadro da Dama com arminho quando Cecília tinha 17 anos, no auge de sua juventude e beleza. Uma de suas obras mais lindas, hoje pode ser visitado no museu Czartoryski na Cracóvia, Polônia. 

Um livro que acaba contando a vida das pessoas mais influentes da época. Uma época onde os casamentos eram arranjados pela família, a mulher não tinha voz e existia escravidão. Época de muitas guerras e muitas mortes, principalmente de mulheres no parto. 

Apesar de ser um começo de leitura bem arrastado, o livro é muito importante para entendermos o que aconteceu naquela época, na Itália. Gostei bastante da fluidez e da escrita.

Então, para você que ainda não leu esse romance histórico, tá perdendo o seu tempo por quê? Vem embarcar nessa viagem no tempo. 


Título: A amiga de Leonardo Da Vinci
Autor: Antonio Cavanillas de Blas
Editora: Contexto
Páginas: 256
Sinopse: A amiga de Leonardo da Vinci é o relato de uma mulher extraordinária, que viveu em uma das épocas mais apaixonantes da História e foi próxima de um dos homens mais fascinantes de todos os tempos. Cecília Gallerani teve a coragem de desprezar um casamento arranjado, tornou-se amante do poderoso Duque de Milão, teve contato com reis, nobres, artistas, religiosos e inventores, presenciou ascensão e queda de reinos. A saga única de uma mulher livre em plena Itália Renascentista.
*Dama com arminho, que enfeita a capa deste livro, é uma pintura importante de Leonardo da Vinci que retrata Cecília Gallerani. O quadro é menos conhecido por não estar em um dos grandes museus, mas em Cracóvia, na Polônia. Apesar disso, é considerado por especialistas como sendo do mesmo nível de obras mais famosas de Da Vinci, como a própria Mona Lisa, exposta no Museu do Louvre em Paris. Dama com arminho é a inspiração e o ponto de partida do escritor madrilenho Antonio Cavanillas de Blas, autor deste livro delicioso, que se lê de um só fôlego.

19 de outubro de 2018

{Resenha} O pavilhão dos padres

Hoje a resenha é sobre o livro "O pavilhão dos padres" de Guillaume Zeller.


Quando saiu o livro, eu já fiquei bem curiosa para lê-lo, e não só por trazer uma época conturbada, que foi a passagem de Hitler, mas como também por se tratar de um livro com padres, que sofreram na mão dos nazistas.

Os religiosos eram detidos por várias razões. Dachau era apenas um dos lugares de detenção desses sacerdotes e ficou conhecido como o mais famoso, na época.

Alguns dos motivos usados para a detenção desses sacerdotes eram: conduta prejudicial aos interesses do Estado, exercício do encargo de cura, exercício ilícito do encargo de cura junto a estrangeiros, acolhimento de desertores, amigo dos judeus, recusa da saudação hitlerista, protesto contra a lei do casamento promulgada pelo Estado, inimigo eterno da Alemanha.


Podemos observar que os motivos eram torpes. E o maior objetivo de Dachau era neutralizar os elementos indesejáveis pelo regime nazista.
Ao longo dos anos, entre 1938 e 1945, passaram por Dachau 2720 sacerdotes. Destes, 1240 sobreviveram.

Eles passaram por muitas privações, e os que sobreviveram não gostam de lembrar do que foram esses anos, de violência, fome, doenças e muita muita tortura.

Ao ler o livro, entramos no Universo desses religiosos e do quanto eles sofreram até o fim, com a saída ou a morte. Muitos não sabiam ao certo o porque estavam apanhando ou até mesmo passando fome. Tentavam ajudar uns ao outros para minimizar o sofrimento causado pelos nazistas dentro do campo e essas orações conjunta serviam para uni-los.

O livro é denso, mas a leitura é fluida, e você acaba se envolvendo na história. É um livro para você pensar e analisar, a tortura, o sofrimento e a prisão não é a melhor escolha para tentar se combater algo com que eu não concordo. Hoje conseguimos conversar e entender,  o ponto do outro e o sofrimento, mas os tempos estão difíceis e esse tipo de leitura serve justamente para que possamos abrir os nossos olhos ao que não queremos de fato.

Eu recomendo a leitura, para que possamos voltar na história e entender que regredir não é o melhor caminho.

Título: O pavilhão dos padres
Autor: Guillaume Zeller
Editora: Contexto
Páginas: 240
Sinopse: De 1938 a 1945, 2720 padres, religiosos e seminaristas são deportados para o campo de concentração de Dachau. Reunidos em Blocks específicos – que ficarão conhecidos pelo nome “pavilhões dos padres” –, 1034 deles deixarão suas vidas ali. Mais de 70 anos depois de sua liberação, o campo de concentração de Dachau permanece o maior cemitério de padres católicos do mundo.
Com religiosos oriundos de diversos países, a “universalidade da Igreja” se torna palpável no campo de Dachau. Jogados em uma situação de sofrimento profundo, como todos os confinados em campos de concentração na época, esses religiosos são obrigados a enfrentar a fome, o frio, as doenças, o trabalho forçado, as torturas da SS, as experiências médicas, as mortes dos companheiros – o que coloca à prova sua fé. Tentando sobreviver a tudo isso, os padres procuram manter intacta a vida espiritual e sacerdotal (uma capela, inclusive – a única autorizada nos campos no período –, lhes oferece um pequeno alento).
Neste livro, o jornalista francês Guillaume Zeller reconta em detalhes as agruras e aflições vividas por esses religiosos durante o nazismo, jogando luz em um dos períodos mais tristes da História.

26 de abril de 2018

{Resenha} Augusto e Lea - Um caso de (des)amor em tempos modernos

Hoje a resenha é sobre o livro Augusto e Lea - Um caso de (des)amor em tempos modernos de José Carlos Sebe.

O livro é baseado em um pesquisa na qual o autor fazia parte que transformou em um livro. Só posso dizer que a leitura é viciante.

Augusto é um homem como qualquer outro, filho de nordestinos, cresceu em São Paulo, estudou em bons colégios e fez faculdade, conheceu Lea trabalhando para o pai dela, em sua empresa. Os dois logo começaram a namorar e um tempo depois se casaram. Lea veio de uma família de classe média paulistana, acostumada com a educação que teve, ela sempre foi reservada e viu em Augusto um companheiro.

Os anos foram passando e Lea começou a perceber o afastamento do marido. Eles nunca foram aquele casal mais próximo, sempre conversaram, mas os anos acabaram desgastando a relação e depois de um tempo sem uma relação mais íntima, os dois foram para a casa da fazenda da família e foi lá que Lea foi contaminada pelo HIV, por seu marido.

A história dos dois é narrada através de entrevista. Em um compilado de informações, o autor nos deixa a par dos sentimentos dos envolvidos, filhos, amigos e até empregados da casa onde Lea foi morar logo após casar.

Augusto começou o tratamento de HIV mais rápido, era início do coquetel aqui no Brasil, e assim demorou para ter algum sintoma de doença oportunista. Lea não teve tanta sorte assim e só descobriu depois de ter uma doença oportunista e já estava em um nível mais avançado.

O livro é um misto de choque, entendimento e ao mesmo tempo compaixão. 

O autor, de uma forma clara nos faz viajar por um drama de uma família rica da capital. Uma família em que não se falava sobre amor, sexo e doença sexualmente transmissível. Uma família tradicional que vê seu drama interno ganhar forma e virar um pesadelo, por um deslize, um erro que levou o marido a infectar a esposa, mas não só isso. A doença pode trazer esclarecimentos de todos os lados. A doença pode afastar e aproximar as pessoas e uma doença como essa, que leva a pessoa a definhar aos poucos pode causar diversos sentimentos em todos os seus membros. 

Lea sentia raiva e muito rancor de Augusto. Ao mesmo tempo, Augusto se sentia muito culpado e triste pela ex-mulher. Ao ler o livro nos deparamos com esses sentimentos e pensamentos que são externados por ambos e  podemos ver que isso ainda acontece. O livro me fez rever muitos conceitos e pude, ao mesmo tempo, ter um sentimento de tristeza tanto por essa família, quanto por outras que existiram depois. Infelizmente, isso não é um caso muito comum. 

O que posso dizer sobre o livro? Amei a leitura, amei as análises do autor e só posso dizer que leiam também! Venham embarcar nesse drama familiar que vai te deixar de queixo caído.

*Livro cedido pela Editora em parceria. 

Título: Augusto e Lea - Um caso de (des)amor em tempos modernos
Autor: José Carlos Sebe
Editora: Contexto
Páginas: 176
Sinopse: Fato: uma doença fatal detectada em uma família bem-sucedida da elite paulista. Conseqüências: quebra de uma aparente harmonia familiar e revelações sobre segredos guardados por tantos anos. Forma: depoimento das oito vozes envolvidas na tragédia. O resultado é um livro fascinante e envolvente, fruto de uma história real com sabor de romance. O autor do feito é o historiador José Carlos Sebe B. Meihy, consultor de roteiros de televisão e um dos maiores especialistas em História oral do país. Respeitado por suas pesquisas rigorosas e dono de uma escrita deliciosa, já teve alguns de seus textos usados como apoio para telenovelas. Augusto e Lea: um caso de (des)amor em tempos modernos certamente pode render uma. Das boas.

8 de março de 2018

{Resenha} As crianças esquecidas de Hitler

Hoje a resenha é sobre o livro "As crianças esquecidas de Hitler" de Ingrid Von Oelhafen e Tim Tate.

Ao ler o título desse livro já fiquei super curiosa e ao mesmo tempo apreensiva sobre essa leitura. Tudo que envolve a era Hitler me deixa muito instigada para tentar entender um pouco o que foi esse sentimento de querer achar que tem uma raça pura e ela se dá da forma que se deu, com tantas mortes, de pessoas inocentes e muita tristeza e devastação pelos países em que passaram. 
"Os últimos dias de guerra foram marcados pelas forças aliadas invadindo a Alemanha e desbravando caminhos por todos os cantos."  
O livro é narrado por Ingrid e por se tratar de um livro de memórias, conseguimos nos colocar, um pouquinho que seja, no lugar dela e tentar entrar um pouco na cabeça de Hitler, seus aliados e o que aconteceu a muitas famílias que tiveram as suas crianças retiradas a força e mandadas para "orfanatos", simplesmente porque eram consideradas arianas. E Ingrid foi uma dessas crianças. Retirada da sua família aos 9 meses de idade, foi para uma casa que era chamado de programa Lebensborn, que nada mais era que, um lugar na qual as crianças que fossem aprovadas na inspeção de raça (processo de germanização) seriam cuidadas por famílias consideradas aptas pelo governo nazista e alemãs. 

Foram pouco mais de meio milhão de crianças, que ao término da guerra, começaram a busca incansável para saber de onde eram e a qual família consanguínea pertenciam. Ingrid foi uma dessas pessoas, que demorou anos para descobrir de onde veio. 
"Cada documento foi analisado; a partir deles, o BCB conseguiu remontar o destino de 10 milhões de homens, mulheres e crianças que foram levados para o trabalho escravo, presos ou assassinados no Holocausto."
Ingrid viveu em uma família alemã, aos poucos foi descobrindo que a sua mãe não a amava tanto quanto ela imaginava e seu pai era muito rígido, fazendo com que ela e o irmão ficassem sempre com medo perto dele. A sua infância foi complicada, mas piorou quando ela soube que era adotada, ainda assim seu amor pela mãe adotiva foi grande, até se tornar adulta e tomar o curso de sua vida. Ingrid estudou e se formou entretanto, achava que faltava algo ainda. Descobrir sua identidade foi importante para saber de onde veio, porém como haviam se passado muitos anos, não conseguiu  questionar seus pais adotivos e nem ao menos teve chance de conversar com seus pais consaguíneos. 

O livro nos traz uma sensibilidade grande dos pontos que levaram Ingrid a procurar sua família biológica e como se deu esse encontro. Suas emoções, seus medos, sua raiva estão externados na escrita. Confesso que fiquei muito sensibilizada com a sua história e a forma como ela teve a vida mudada, por conta de uma pessoa (Hitler). 
"Com uma sensação de tristeza, refleti sobre os anos que deixei minha vida eclipsada. Acho que, para todos nós, existe uma lacuna entre o que queremos e o que podemos ter, e é nessa lacuna que nasce o arrependimento."
Eu adorei a leitura, ela é bem tranquila e fluida. Não ache que ao ler você não ficará com raiva, porque isso pode acontecer sim, mas o bom, é que a Ingrid de alguma forma conseguiu externar todos esses sentimentos na escrita, sabe-se que ninguém devolverá o tempo que ela perdeu com a sua família biológica, mas no fim, ela conseguiu desvendar o mistério que rondava a sua vida e que sempre a incomodou. 
"Ter raízes talvez seja a necessidade mais importante e menos reconhecida da alma humana."
Vem embarcar nessa história de dor e perdão! Você não vai se arrepender.

*Livro cedido em parceria com a Editora.

Título: As crianças esquecidas de Hitler
Autor Ingrid Von Oelhafen e Tim Tate
Editora: Contexto
Páginas: 240
Sinopse: As garras do nazismo foram tão profundas, amplas e duradouras que ainda hoje nos surpreendemos com detalhes dos seus horrores. O programa Lebensborn, criado por Heinrich Himmler, foi responsável pelo rapto de nada menos que meio milhão de crianças por toda a Europa. Esperava-se que, depois de passar por um processo de “germanização”, elas se tornassem a geração seguinte da “raça superior” ariana.Foi assim que Erika Matko tornou-se Ingrid von Oelhafen. Com um texto que remete aos bons livros de suspense, acompanhamos Ingrid desvendando seu passado – e toda a dimensão monstruosa do programa Lebensborn e sua consequência na vida de tantos inocentes. Embora os nazistas tenham destruído muitos registros, Ingrid descobriu documentos raros sobre o programa, incluindo depoimentos do julgamento de Nuremberg.

10 de setembro de 2017

Lidos em Junho, Julho e Agosto

Olá pessoal,
Hoje vou fazer um apanhado de tudo que li nesses últimos 3 meses. Se vocês acham que foi muita coisa, estão errados rs. Junho eu praticamente não li, julho dei uma melhorada, mas agosto se tornou o meu melhor mês até aqui.

Junho


Esse mês foi triste para as minhas leituras. Eu li apenas Quando a noite cai da Carina Rissi. O livro é muito bom, mas eu não estava muito inspirada esse mês.


Julho

Em julho melhorou um pouco, porque consegui finalizar um livro que fiquei quase um ano lendo, então considero que foi um mês bom.
Li Portões de Fogo, de Steven Pressfield; Azar o Seu!de Carol Sabar e o It: a Coisa, de Stephen King.
Os três foram muito bons, pensando que IT tem 1103 páginas e Portões de Fogo mais de 500, achei que foi um mês produtivo.


Agosto

Agora Agosto foi um mês muito bom, li ao todo 7 livros. Um melhor do que outro e fiquei muito feliz com o meu desempenho.
O primeiro foi Quando a Bela domou a Ferade Eloisa James, que livro mais fofo.  Depois li Tolerância, de Roger-Pol Droit. Aí na sequência fiz a leitura de dois quadrinhos que foram o Meu amigo Dahmerde Derf Backderf, sensacional e Fragmentos de Horror, de Junji Ito, me surprendi.
E aí li dois romances que foram muito bons que são o Nossa Música, de Dani Atkins e O Duque e eu, de Julia Quinn. Esse da Julia foi o primeiro que li da autora e como é uma série, com certeza, vou ler os próximos, porque fiquei apaixonada pela sua escrita. 
E para finalizar o meu melhor mês, li o Wytches, de Scott Snyder et al. Ufa, vocês viram que meu mês rendeu e fiquei super feliz. Espero continuar assim nos próximos. 

Vem embarcar comigo também.




17 de agosto de 2017

{Resenha} Tolerância

Hoje a resenha é sobre o livro "Tolerância" de Roger-Pol Droit.

O que é Tolerância para você?

Quando comecei a ler esse livro, achei que sabia o que era tolerância. Sério! Saber aceitar a opinião dos outros desde que não interfira no que você acha, isso não é ser tolerante. 
O livro do Roger traz uma reflexão, principalmente nos tempos atuais, sobre o assunto. Somos tão intransigentes em alguns aspectos e estamos menos tolerantes para muitas coisas, inclusive no que diz respeito ao cenário político do país. 

Tolerar quer dizer aceitar a opinião do outro, mesmo que essa seja contrária a nossa. Você não precisa concordar, mas não faça com que o outro aceita a sua opinião imposta. Isso é muito ruim. Precisamos de muito treino, para que no fundo consigamos lidar com o diferente do nosso. Isso vale para qualquer coisa, a roupa, a religião, o carro que usa, o time que torce etc. 

O livro é um apanhado do que é a tolerância e como podemos fazer para mudar um pouco a nossa opinião, e você não é obrigado a concordar, o que é muito bom. Vale mais como uma reflexão para que possamos lidar com que acontece no mundo.

Eu gostei bastante da livro. O livro é curtinho, em um dia ou dois no máximo você o lê de cima para baixo, então porque não começamos a treinar a tolerância com a leitura do livro? É uma boa pedida, vocês não acham? Eu super apoio, porque vocês não irão se arrepender. 

Vem embarcar comigo nessa leitura que vai te teletransportar para um mapa no qual outros também têm seu lugar e suas convicções. 

*Livro cedido em parceria com a Editora



Título: Tolerância
Autor: Roger-Pol Droit
Editora: Contexto
Páginas: 96
Sinopse: Em pleno século XXI, ainda existe preconceito e intolerância contra negros, mulheres, homossexuais, imigrantes, migrantes, idosos e, também, contra aqueles com convicções políticas e práticas religiosas diferentes das nossas. Muitos ainda confundem tolerar uma opinião contrária à sua com concordar com ela ou abrir mão de seus princípios. Este livro mostra que tolerância não significa fraqueza, e muito menos aceitar e relativizar a violência, o racismo, a homofobia... Obra indispensável para quem deseja um mundo mais tolerante e, portanto, melhor para se viver e conviver.

13 de julho de 2017

{Resenha} Portões de Fogo

Hoje a resenha é sobre o livro "Portões de Fogo" de Steven Pressfield

Quando recebi o livro da Editora Contexto fiquei bem empolgada para ler esse livro, visto que retrata a história da Batalha de Termópilas, ocorrida no ano 480 a.C, entre gregos e persas. O livro faz parte do Selo Marco Polo e é lançado para trazer romances históricos para amantes desse tipo de literatura. 
Portões de Fogo
Um livro que retrata a história de Leônidas e os 300 de Esparta, nos faz refletir muito até os dias atuais. Uma narrativa que vai além de reis e mocinhos, homens que deram suas vidas no campo de batalha. 

O livro traz a história de Xerxes, o grande Rei da Persa que tenta invadir com seus 2 milhões de homens às Termópilas ou Portões de Fogo, como eram conhecidas. Porém, o rei de Esparta, o guerreiro Leônidas acredita que a união da Grécia pode fazer com que eles consigam derrota-los. Entretanto, Leônidas sabe que precisaria esperar uma autorização para conseguir mais homens e sabe que eles não tem muito tempo até essa invasão, então resolve marchar com seus trezentos guerreiros, que faziam parte da sua guarda pessoal,  de Esparta - a maior cidade-estado da Grécia antiga - em um esforço de resistência. 


O livro é um romance histórico, que retrata a cultura grega e ao mesmo tempo traz a história e a trajetória dos soldados, escravos e seu treinamento até chegar a batalha final. 

Narrado por alguns personagens principais, o autor de uma forma simples e clara nos conta como é o treinamento desses soldados, desde crianças até a fase adulta, a preparação para o confronto, as vestimentas e até o modo como eles enxergavam a batalha. O medo, a solidão, e o desejo de vitória também é trazido na narrativa e nos faz questionar o modo como esses soldados eram forçados a fazer algumas coisas e sofriam por isso e ao mesmo tempo, o quanto eles queriam ser lembrados por sua bravura!

Uma narrativa interessante no texto é sobre as mulheres desses guerreiros, que mesmo sabendo que seus maridos iriam para Guerra, não se deixavam esmorecer e permaneciam fortes ao lado deles. Em uma época em que nascer mulher era um sacrifício e até mesmo uma "prova" (não que hoje não seja também), as mulheres do livro se mostram empoderadas e a frente do seu tempo, por isso gostei bastante dessas narrativas. 

Eu gostei bastante da leitura, não é uma leitura simples, mas ainda assim é uma leitura que te prende e te faz querer continuar para saber o que irá acontecer no final. E o final, minha gente, é surpreendente e arrebatador. Fiquei um tempo tentando discernir e digerir o final. E esse livro me deixou até de ressaca literária, acho que não soube lidar com a leitura rs.

Eu só digo uma coisa para vocês: Leiam!

*Livro cedido pela Editora

Título: Portões de Fogo
Autor: Steven Pressfield
Editora: Contexto
Páginas: 432
Sinopse: O rei Xerxes comanda 2 milhões de homens do império persa para invadir e escravizar a Grécia. Em uma ação desesperada, uma pequena tropa de 300 espartanos segue para o desfiladeiro das Termópilas para impedir o avanço inimigo. Eles conseguiram conter, durante sete dias, dois milhões de homens, até que, com suas armas estraçalhadas, arruinadas na matança, lutaram “com mãos vazias e dentes” até finalmente serem mortos. A narrativa envolvente de Steven Pressfield recria a épica batalha de Termópilas, unindo com habilidade História e ficção.


26 de junho de 2017

{Fique Ligado} Lançamento Editora Contexto

Olá pessoal,

Hoje venho falar um pouquinho sobre um lançamento da Editora Contexto que dará o que falar.

Tolerância - Roger Pol Droit

Em pleno século XXI, ainda existe preconceito e intolerância contra negros, mulheres, homossexuais, imigrantes, migrantes, idosos e, também, contra aqueles com convicções políticas e práticas religiosas diferentes das nossas.

Muitos ainda confundem tolerar uma opinião contrária à sua com concordar com ela ou abrir mão de seus princípios. Este livro mostra que tolerância não significa fraqueza, e muito menos aceitar e relativizar a violência, o racismo, a homofobia...

Obra indispensável para quem deseja um mundo mais tolerante e, portanto, melhor para se viver e conviver.

E aí gostaram? 
Eu adorei e já estou ansiosa para ler. 

19 de abril de 2017

{Resenha} 1964 - História do Regime Militar Brasileiro

Hoje a resenha é sobre o livro "1964 - História do Regime Militar Brasileiro" de Marcos Napolitano.

Eu sou uma pessoa, uma leitora acima de tudo, que ama saber história e sendo a do seu próprio país, aí que fico alucinada mesmo.
Esse é um livro histórico, que conta relatos de tudo que a sociedade viveu desde o golpe militar em 1964 até as eleições diretas, que puderam eleger um presidente em 1985.

Jango, como era carinhosamente chamado João Goulart estava tentando organizar a economia do país, diminuir a inflação e ao mesmo tempo manter os direitos dos trabalhadores, pelo qual Getúlio lutou tanto. Ele não contava com a oposição que cairia matando em cima dele e faria com que fosse mal visto pela sociedade elitista de direita, imprensa e quase todos os jornais que ficaram totalmente contra o presidente.
A própria fragilidade de sua liderança, conforme esta visão, seria uma ameaça à estabilidade política e social. O único jornal que continuava fiel ao trabalhismo e ao reformismo era o Última Hora. 
Castelo Branco assumiu e foi o principal construtor do regime autoritário. Em seu "governo" foram editados 4 Atos Institucionais, a Lei da Imprensa e a nova Constituição, que selava o princípio de segurança nacional. 
O principal objetivo dos Atos era o reforço legal do Poder Executivo, e particularmente da Presidência da República, dentro do sistema político. 
Nesse meio tempo, nasce a Música Popular Brasileira como forma de grito contra a ditadura. Muitos músicos, contrários a ditadura, foram exilados. E muitas músicas censuradas nesse tempo. 
O Ato Institucional nº 5, promulgado em 1968, foi considerado um "golpe dentro do  golpe", fazendo com que a repressão se tornasse mais direta e ampla. 
Em meados dos anos 70, já no governo Médici, os anos se tornaram de chumbo. A censura e a repressão se tornaram mais evidentes e muitos militantes, contra os militares, foram presos, torturados e mortos.  
Entre 1969 e 1979, quando a censura foi mais rigorosa, o teatro foi uma das áreas mais afetadas, e, como já dissemos, não precisou esperar o AI-5 para sofrer os rigores da censura. 
O que começou a quebrar o comando do Governo foram as passeatas populares, que chegaram a levar milhares de pessoas nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. 
As Diretas Já vieram com força para acabar com o militarismo e implantar as eleições diretas para Presidente da República. 

Em 15 de janeiro de 1985 Tancredo derrotou Paulo Maluf no colégio eleitoral. Antes da posse, em março, Tancredo passou mal, foi hospitalizado e faleceu em 21 de abril de 1985. José Sarney assumiu a Presidência, como vice-presidente, e trouxe para o Brasil novos tempos, que foi intitulado como Nova República. 
O livro é rico em detalhes, e o autor de uma forma genial, nos traz como foi difícil esse período para o país. Visto como ideal no início, a economia e a inflação não melhoraram e muitos morreram tentando lutar por algo melhor, pela diminuição da repressão e pela liberdade de expressão. 

Foi uma época difícil e o povo se reergueu e foi para as ruas. Hoje analisando o país vejo que temos muito em comum, porém o gigante não acordou ainda e temo que, respirando por meio de aparelhos, não sobrevivamos. 

O livro é muito bom, eu amei e indico de olhos fechados. Espero que todos leiam, que vire leitura obrigatória nas escolas e que pais leiam e coloquem em suas cabeceiras de cama, para que nunca voltemos a esse tempo de dor, guerra e repressão que foi a Ditadura Militar em nosso país. 

*Livro cedido em Parceria com a Editora. 



Título: 1964 - História do Regime Militar Brasileiro
Autor: Marcos Napolitano
Editora: Contexto
Páginas: 368
Sinopse: Exatos cinquenta anos atrás, o Brasil mergulhou em uma ditadura que iria perdurar por mais de duas décadas. É chegado o momento de fazer um balanço histórico do regime militar. Marcos Napolitano, conhecido historiador da USP, discute neste livro sólido e bem escrito as principais questões desses “anos de chumbo”. 
A ditadura durou muito graças ao apoio da sociedade civil, anestesiada pelo “milagre” econômico? Foi Geisel, com a ajuda de Golbery, o pai da abertura, ou foi a sociedade quem derrubou os militares do poder? Como era o dia a dia das pessoas durante o regime militar? Como a cultura aflorou naquele momento? O que aconteceu com a oposição e como ela se reergueu? Qual a reação da sociedade (e do governo) à tortura e ao “desaparecimento” de presos políticos?
Obra de historiador, livro obrigatório para quem quer compreender o Brasil, uma síntese brilhante.


17 de março de 2017

Editora Parceira

Olá Pessoal!

Hoje é com grande alegria que venho falar para vocês sobre a nova Editora Parceira do Blog.
Este ano festejando 30 anos nesse mercado literário, a Contexto sempre se preocupou em produzir em produzir livros de alta qualidade, sempre com uma escrita fluente, clara, agradável. 

E imagine a minha felicidade em fechar parceria com uma Editora tão grande e maravilhosa! O acervo dos livros são muito bons e para conhecer um pouco Clique aqui

E para comemorar os 30 anos, a Editora está lançando livros sensacionais, vem conferir:



O tempo histórico sofreu uma acelerada nestes últimos 30 anos. No Brasil e no mundo as mudanças são profundas e estão à vista de todos. A economia e a sociedade eram diferentes, as mulheres e as famílias eram diferentes, a música e o jornalismo eram diferentes, a luta pela cidadania era diferente, diferentes eram até o esporte e a língua falada e escrita. Este livro, comemorativo dos 30 anos da Editora Contexto, é um balanço destas três décadas a partir do olhar de dezessete especialistas, todos autores da casa. O que aconteceu com nosso país enquanto a Contexto surgia, lutava para se afirmar, ocupava seu terreno passo a passo até se tornar uma importante referência na vida editorial e cultural do Brasil? O país melhorou, piorou, ficou na mesma? O que é que almejávamos, o que almejamos agora? Ainda acreditamos no futuro ou nos conformamos com o que somos? O que queríamos, o que conseguimos, o que conquistamos, do que desistimos? Nesta obra, enriquecida pela pluralidade de pontos de vista sobre várias áreas, o leitor encontrará diversas respostas a essas questões.


Portões de Fogo

O rei Xerxes comanda 2 milhões de homens do império persa para invadir e escravizar a Grécia. Em uma ação desesperada, uma pequena tropa de 300 espartanos segue para o desfiladeiro das Termópilas para impedir o avanço inimigo. Eles conseguiram conter, durante sete dias, dois milhões de homens, até que, com suas armas estraçalhadas, arruinadas na matança, lutaram “com mãos vazias e dentes” até finalmente serem mortos. A narrativa envolvente de Steven Pressfield recria a épica batalha de Termópilas, unindo com habilidade História e ficção.

E aí gostaram? Eu adorei e já estou ansiosa para ler! 
/

© Copyright 2017 - Embarcando na Leitura. Todos os direitos reservados