Hoje a resenha é sobre o livro "Notas sobre o luto" de Chimamanda Ngozi Adichie.
Foto retirada de Arquivo Pessoal |
Eu sou muito fã da escrita da Chimamanda, ela consegue te prender em um capítulo, fazendo com que você avance na leitura, sem perceber que o livro acabou. E com esse livro não é diferente.
Escrito depois de vivenciar a perda do pai, no meio da pandemia, conseguimos sentir a dor e a tristeza nas palavras da escritora. Podemos entender o que as relações no nosso convívio social e familiar é importante, principalmente em um momento que não podíamos estar tão próximo. Sabemos que a Covid-19 fez muitas vítimas, aqui no Brasil são quase 550 mil mortes e o quanto o luto nesse caso não existiu, você não poder se despedir do seu ente querido é muito doloroso.
Foto retirada de Arquivo Pessoal |
E apesar do pai da Chimamanda não ter sido vítima do Covid, a dor de não vivenciar o luto é a mesma, porque ainda não podemos ter um funeral como antes e a despedida necessária para amenizar a dor da partida.
Seu pai foi um exemplo para a família e para o país, participou e sobreviveu a uma Guerra, a de Biafra, foi professor durante sua vida inteiro e incentivou os filhos a estudarem e mudarem o curso da história, era o fã número um de sua filha escritora. Foi um marido e pai extraordinário, por isso a sua partida foi um choque para a família.
Um livro que faz a gente repensar sobre a vida e sobre as nossas relações. Chimamanda nos faz refletir nesse quesito, fazendo muitas correlações da correria da vida e do fato de morar longe de seus pais, aumentar ainda mais a dor da ausência.
Foto retirada de Arquivo Pessoal |
E, não tem como não se emocionar nessa leitura. Um livro que faz você sentir a perda da autora. Eu li super rápido, em um final de semana, porque a escrita da Chimamanda é muito envolvente, então, vem embarcar nessa leitura, que você vai se emocionar também.
*e-book cedido em parceria com a Editora.
Onde Comprar: Grupo Companhia das Letras
Título: Notas sobre o luto
Autor: Chimamanda Ngozi Adichie
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 94
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