9 de fevereiro de 2025

{Resenha} O Burnout

Hoje a resenha é sobre o livro "O burnout" de Sophie Kinsella. 

Foto retirada de Arquivo Pessoal

E quem me conhece sabe que eu amo os livros da Sophie. Esse foi um dos tantos que já li. 

A história conta sobre Sasha, uma publicitária  e Diretora de produções da Zooze, que nada mais nada menos é um aplicativo de viagens mais amado de Londres. 

Só que Sasha não está mais rendendo como antigamente. Ela sempre compra a mesma comida porque não tem forças para cozinhar, sempre assiste a mesma série, por não ter ânimo para procurar ou seguir as indicações de amigas. Não conhece e não sai com ninguém há muito tempo. 

Sasha se sente sozinha, mas ao mesmo tempo, sabe que tem mil e-mails para responder. A única tentativa de tentar mudar, é falando com o chefe, mas ficou quase inviável de chegar até o dono da empresa. O excesso de trabalho e a falta de equipe, faz com que Sasha não consiga lidar com isso e tenha um surto bem no meio do expediente. 

Ao seguir o conselho de sua mãe e da irmã, ela resolve tirar uma licença para cuidar da sua saúde, já que o esgotamento mental veio com força. Sasha voltou para o lugar onde cresceu. Rilston Bay é uma praia onde a sua família passava férias, só que desde que seu pai ficou doente, ela não voltou para lá. 

Em meio ao seu merecido descanso, Sasha conhece Finn Birchall e aí ela terá que lidar com seu burnout, um cara mal humorado e as suas memórias. 

O início da leitura é bem arrastada, e eu demorei um pouco para gostar da personagem principal. Eu acredito que era para ser um pouco mais engraçada, mas não senti tanto isso. Acredito que as questões centrais que o livro trata expõe bem uma pessoa no seu nível alto de estresse e colapso e isso gostei bastante. 

Entretanto, quando a gente faz o recorte do romance, deixa um pouco a desejar, pois acho que ficou tudo muito corrido. Não há aquela conexão entre o casal, não sinto que eles sejam compatíveis, mas a Sophie faz com que sejam, e aí acho uma boa forçação de barra. Achei tudo muito corrido e ao mesmo tempo não se aprofundou nos personagens, senti falta de muitas coisas. 

Eu amei a parte da praia e de todo o movimento que a personagem faz para voltar a fazer coisas que realmente te dê prazer. 

Se analisarmos a leitura como um todo, eu gostei, pois temos os personagens secundários que são muito bons. A Sasha peca bastante quando não consegue dizer não, meu Deus, as vezes é um pé no saco. Tirando essas questões, acredito que a leitura vale a pena. Então leiam e venham me falar depois o que acharam. 

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Título: O Burnout
Autor: Sophie Kinsella
Editora: Record
Páginas: 364

Sinopse: Esgotada por causa do trabalho, Sasha tira uma licença para passar algumas semanas no litoral e se recuperar. Esse é só o início de O burnout, da autora best-seller Sophie Kinsella, uma história que vai fazer você rir, chorar e encontrar forças que não conhecia dentro de si.

Para Sasha, já deu! A pálpebra dela treme só de pensar em responder mais um e-mail urgente ou em conversar com a diretora de empoderamento e bem-estar. Engajar no programa de felicidade da empresa? Nem pensar. Tem meses que ela não conversa com a melhor amiga. Sexo? É tanto esforço só para esfregar uma genital na outra. Preparar um jantar? Vai sujar tanta louça, fazer tanta lambança. Sasha às vezes sente que está diante de uma parede intransponível. Bem, é exatamente com uma parede que ela dá de cara. A verdade é que ela está com burnout. Então, munida de boas intenções, pronta para encarar suco verde, fazer ioga e encontrar paz de espírito, ela viaja para Rilston Bay, uma praia onde passou várias férias felizes na infância. Mas é inverno e o hotel em que no passado ela sonhava em se hospedar virou uma espelunca. E mais que isso: ela precisa dividir a praia quase deserta com Finn. Finn é um sujeito muitíssimo mal-humorado que também passou por problemas no trabalho e tem o dom de estressar Sasha cada vez mais. Como ela vai entrar em comunhão com a natureza quando ele está sentado numa pedra observando cada passo que ela dá? Além disso, cada um tem um jeito bem particular de lidar com o burnout: Sasha quer fazer cem agachamentos, Finn prefere tomar uísque e comer pizza. Mas, quando curiosas mensagens começam a surgir na areia da praia, parecendo direcionadas aos dois, uma ligação é formada entre Finn e Sasha, e eles são forçados a conversar. Sobre tudo. Como deixaram que as coisas chegassem a esse ponto em seus empregos? Eles têm alguma coisa em comum? (E não é que têm?! Surfe!) E a pergunta fundamental que tentam evitar a todo custo e não conseguem de jeito nenhum: como explicar essa química tão forte entre os dois?


20 de janeiro de 2025

{Resenha} O segredo da empregada

 Hoje a resenha é sobre o livro "O segredo da empregada" de Freida McFadden.

Foto retirada de Arquivo Pessoal

E nessa tão aguardada continuação de "A empregada", Millie nos traz algumas coisas para açucarar mais a história. A nossa protagonista está de novo a procura de emprego, depois de sair de uma casa com uma família bem singular. 

E quando ela começa a ficar um pouco desesperada, um homem entra em contato com ela e oferece um emprego dos sonhos. Douglas Garrick é um homem bonito e ao mesmo tempo misterioso. Millie não se sente a vontade na casa dos Garrick, principalmente depois de acompanhar algumas discussões entre o casal, mas o medo de estar na rua de novo, pagando aluguel e sem emprego a faz ficar firme e forte nesse ambiente. 

Ao se deparar com sangue, entre a roupa suja do casal, o seu instinto de quase Assistente social, a faz ficar de antena ligada e percebe que aquela casa traz coisas mais assustadoras do que possa imaginar. 

A narrativa do livro é extremamente fluida, não tem como não querer saber o que irá acontecer com a Millie. A nossa protagonista agora, pelo menos, tem um casa para morar e um namorado que insiste loucamente em que ela vá morar com ele, só que Millie não leva essa relação muito a sério e isso gera uma leve revolta contra ela, pelo menos da minha parte, afinal o cara não merece o jeito que ela o trata. 

Eu gostei bastante da narrativa, achei uma leitura bem rápida e difícil de largar, mas em alguns momentos, esse instinto de salvadora da pátria de Millie irrita um pouco, parece até uma forçação de barra dela. 

E um ponto legal que eu curti bastante foi o plot twist no final, gente que sacada legal, que tensão, quase acreditei inclusive em tudo. E fiquei mega apreensiva, mas assim, não tem como não torcer pela nossa protagonista no final. 

Se você não leu o primeiro livro "A empregada", aconselho que leia, pois tem algumas referências que ficará difícil de deduzir. E, terminando a leitura, vem me contar o que achou, porque eu adorei. 

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TítuloO segredo da empregada
Autor: Freida McFadden
Editora: Arqueiro
Páginas: 288

SinopseNão espie por trás da porta! 

Millie está de volta! A aguardada sequência de A empregada.

Millie saiu da casa dos Winchesters e está mais uma vez procurando emprego. Agora o segredo que ela precisa proteger é mais sombrio ainda.
Achar alguém que não faça mil perguntas sobre a vida - e o passado - de uma candidata a empregada costuma ser praticamente impossível. Por isso Millie mal consegue acreditar quando Douglas Garrick a contrata.
O plano dela é trabalhar na casa da família por um período curto, de preferência sem atrair nenhuma atenção, até alcançar seu objetivo maior.
Só que, enquanto ela passa os dias limpando a cobertura deslumbrante e preparando pratos requintados para o casal, a Sra. Garrick nunca sai do quarto. Na verdade, as duas não foram sequer apresentadas. E Millie tem certeza de que já a ouviu chorando.
Certo dia, ao colocar a roupa para lavar, ela vê manchas de sangue na camisola da mulher. Não é a primeira vez, e Millie decide descobrir o que está acontecendo. Quando finalmente consegue entrar no quarto, o que vê lá dentro muda todos os seus planos.
Alguém precisa pagar. E o preço depende unicamente do que Millie está disposta a fazer.

5 de janeiro de 2025

{Resenha} A garota do lago

Hoje a resenha é sobre o livro "A garota do lago" de Charlie Donlea. 

Foto retirada de Arquivo Pessoal

Eu sempre ouvia e li muitas resenhas do autor desse livro, mas não imaginei que ler um livro que faria vibrar e ficar ansiosa pelo fim. 

Na trama vamos conhecer a história de Becca Eckersley, uma estudante de direito que aparece morta em sua cidade natal. E uma jornalista, Kelsey Castle, que está tentando lidar com seus fantasmas e tem a missão de escrever um artigo sobre a morte de Becca. 

A questão é que Kelsey está entrando em um vespeiro e precisa saber lidar com as armadilhas que a própria história de Becca vai trazer. 

Além disso, vamos conhecer a história dos outros três estudantes de direitos que eram amigos de Becca e que também estão envolvidos nessa teia de aranha. E para desvendar os mistérios que a história envolve, Kelsey acaba conhecendo o médico da cidade, que a ajuda a desvender muitos mistérios. 

A história tem a versão dos dias atuais e a contada por Becca antes dela ser assassinada e isso deixa a gente mais instigada a saber o que irá acontecer. 

O que eu mais gostei na trama de Charlie é a maneira como a história se desenvolve e você fica ansioso esperando o que vai acontecer. Fazia tempo que eu não ficava tão empolgada lendo um livro. E olha que dizem que por esse ser seu primeiro, não é tão bom, imagina os próximos. 

E o final do livro é tão empolgante e ao mesmo tempo é um soco no estômago. Eu fiquei consternada com a história da Becca, e mesmo sabendo que é ficção, ainda assim fiquei bem impressionada em como a trama evoluiu. 

Eu gostei bastante do enredo e o livro, a leitura é bem fluída, e você lê bastante rápido. Essa foi a minha última leitura do ano de 2024 e já estou ansiosa para ler os próximos.

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TítuloA garota do lago
Autor: Charlie Donlea
Editora: Faro Editorial
Páginas: 288

SinopseAlguns lugares parecem belos demais para serem tocados pelo horror...Summit Lake, uma pequena cidade entre montanhas, é esse tipo de lugar, bucólico e com encantadoras casas dispostas à beira de um longo trecho de água intocada.Duas semanas atrás, a estudante de direito Becca Eckersley foi brutalmente assassinada em uma dessas casas. Filha de um poderoso advogado, Becca estava no auge de sua vida. Era trabalhadora, realizada na vida pessoal e tinha um futuro promissor. Para grande parte dos colegas, era a pessoa mais gentil que conheciam.Agora, enquanto os habitantes, chocados, reúnem-se para compartilhar suas suspeitas, a polícia não possui nenhuma pista relevante.Atraída instintivamente pela notícia, a repórter Kelsey Castle vai até a cidade para investigar o caso.... e logo se estabelece uma conexão íntima quando um vivo caminha nas mesmas pegadas dos mortos...A selvageria do crime e os esforços para manter o caso em silêncio sugerem mais que um ataque aleatório cometido por um estranho. Quanto mais se aprofunda nos detalhes e pistas, apesar dos avisos de perigo, mais Kelsey se sente ligada à garota morta. E enquanto descobre sobre as amizades de Becca, sua vida amorosa e os segredos que ela guardava, a repórter fica cada vez mais convencida de que a verdade sobre o que aconteceu com Becca pode ser a chave para superar as marcas sombrias de seu próprio passado...

30 de dezembro de 2024

{Resenha} Diana - Sua Verdadeira história

Hoje a resenha é sobre o livro "Diana - Sua Verdadeira história" de Andrew Morton.

Foto retirada de Arquivo Pessoal

Esse foi um dos livros que peguei na Bienal Internacional do Livro desse ano, e confesso que esse livro me surpreendeu. Apesar de ler muita coisa da família real, a vida da Diana ainda é uma incógnita para muitas pessoas. Aquela mulher linda, que era exemplo para tantas pessoas, mas que no final do dia era só uma jovem tentando sobreviver aos costumes e a sociedade mundial ditando regras.

Diana achou que falando sobre as suas questões e abrindo seu coração com o que sentia para o Andrew, e ela achava que iria sair ilesa de tudo isso.

O livro causou um alvoroço na Monarquia, muitos não esperavam que a Diana tivesse problemas de transtornos alimentares, a depressão e o isolamento social após o casamento com o Príncipe Charles. Diana gravou várias fitas contando sobre as questões que mais a perturbavam, deixou claro a sua insatisfação com as questões da monarquia e tudo que se envolvia nessa relação, abordou temas sérios e foi querida pelo o mundo.

Quando a Princesa se tornou mãe, o mundo viu ali a chance de uma mãe imaculada, sem problemas e sem dificuldades, mas todos sabemos que a maternidade não é fácil e o puerpério é um momento muito difícil na vida de uma mulher. Diana teve depressão pós-parto e lidar com o turbilhão de emoções sozinha não foi fácil. Ela descobriu a duras penas que estava em um casamento a três, e o marido não a apoiou.

Acredito que a diferença de idade entre eles também não ajudou, Diana era muito jovem quando se casou com o Príncipe Charles, com 20 e 32 anos respectivamente, e isso acabou afetando a relação dos dois. Diana era muito apaixonada e teve que aprender a pertencer a família real, apesar de ter vindo de uma linhagem boa, ela não imaginava que teria que trocar de roupa inúmeras vezes por dia, nunca mais poderia sair sozinha, teria que dar satisfação de tudo que fizesse e todos os paparazzi estavam com os olhos em cima dela.

Diana lutou para estar nesse lugar e conseguiu um lugar ao sol. Quando a situação ficou inimaginável ela conseguiu se separar, mas ainda teve que aceitar tudo o que a monarquia impôs e ficar longe dos filhos era o pior castigo para ela.

Hoje a gente entende o quanto a Diana teve que engolir para estar naquele papel, por muito menos Harry e Megan abandonaram tudo. Engraçado que muita gente fala que dinheiro compra felicidade, mas Diana tinha várias questões, viveu um casamento sem amor e totalmente abusivo, pois o Príncipe nunca deixou de sair com a Camilla, hoje sua atual esposa. Ficou sem os filhos e teve que aceitar e ainda teve que lutar muito para que recebesse algum benefício da família real.

Eu gostei bastante do livro, gostei que o autor coloca também as falas da Princesa e de seus amigos. Achei interessante conhecer esse lado que ainda não havia lido. E o livro abrange também a sua morte e a comoção que foi no mundo. Diana nos deixou muito jovem, foi vítima de um motorista alcoolizado e naquela época as pessoas não usavam cinto de segurança no banco de trás do carro. Foi uma fatalidade e uma grande perda. Espero que ainda existam mais Dianas por aí, porque o mundo está precisando.

A leitura não é tão fluida, porque é biografia, mas eu gostei bastante de ler e super recomendo. 

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TítuloDiana - Sua Verdadeira história
Autor: Andrew Morton
Editora: BestSeller
Páginas: 350

SinopseO surpreendente best-seller que Diana ajudou a escrever e que moldou o seu destino e o da família real para sempre. A morte trágica e inesperada da princesa Diana, em 1997, chocou o planeta - e comove o público até hoje. Diana: Sua verdadeira história é a única biografia autorizada da princesa, escrita por Andrew Morton com a ajuda da própria Diana por meio de fitas gravadas no momento da pior crise de seu casamento e de sua depressão.Com imagens exclusivas fornecidas pela própria Diana, este livro traz um abrangente encarte com fotos únicas. Também faz uma longa reflexão sobre como esta mulher singular atraiu o interesse da grande mídia e se utilizou de sua inusitada plataforma para abordar causas importantes. Mas, principalmente, este é um livro íntimo e sensível com lembranças pessoais da própria Diana, recolhidas em entrevistas, e com detalhes dos acontecimentos que antecederam sua morte.A partir de gravações feitas pela princesa, Andrew Morton escreveu um relato sensível que descreve toda a trajetória da plebeia que se tornou parte da realeza, no ''casamento do século''. Diana: Sua verdadeira história mostra não apenas a vulnerabilidade de Diana, mas também a sua força. Sua determinação para superar transtornos alimentares e os problemas de seu casamento e se dedicar aos seus filhos, William e Harry. Além de causas humanitárias, suas maiores fontes de felicidade e satisfação.Esta nova edição da única biografia autorizada da princesa Diana traz ainda um prefácio com transcrições das fitas enviadas a Andrew Morton. Também traz capítulos que contam detalhes sobre a sua vida após o divórcio até dias antes de sua trágica morte. Diana: Sua verdadeira história é o mais próximo que teremos de uma autobiografia da ''Rosa da Inglaterra'', dando a ela finalmente a oportunidade de falar ao mundo e inspirar a todos com a sua verdade, coragem e espírito.

25 de dezembro de 2024

{Resenha} O pior dos crimes

Hoje a resenha é sobre o livro "O pior dos crimes: A história do assassinato de Isabella Nardoni" de Rogério Pagnan.

Foto retirada de Arquivo Pessoal

Eu estava com esse livro na estante parado há muito tempo. Apesar de ver a série e ler outros livros sobre o tema, essa é uma história que não tem como a gente não se compadecer. 

O Rogério é um jornalista, que fez a cobertura a fundo de tudo o que aconteceu naquele fatídico dia que uma criança apareceu caída no jardim do prédio, na zona norte de São Paulo. 

Ao decorrer da leitura, podemos perceber que o autor traça um paralelo da investigação que está sendo feita pela polícia e pela sua própria investigação. Foram anos dedicados na investigação, entrevista de pessoas que estavam ligados diretamente a denúncia. 

Eu fiquei meio passada com as descobertas da investigação e o quanto a gente coloca em xeque o que foi apresentado pelos procuradores e pela justiça. 

E ao acompanhar toda a investigação, ficamos repensando muitas coisas, até mesmo que os Nardoni poderiam não ter feito aquilo, não serem culpados de fato. A ideia de julgamento, primeiro pelo público e pela imprensa, fica muito claro nas páginas do livro. Eu sei que se fosse hoje, teríamos outras provas para analisar, afinal, estamos falando do ano de 2008.

Rogério inclusive faz um paralelo de vida do Alexandre e da Ana Carolina, como se conheceram e resolveram ficar juntos, o nascimento dos filhos. A relação das famílias com os genitores. A relação da ex, também Ana Carolina, com o Alexandre e a madrasta. Isso tudo é narrado, antes de entrar de fato no dia do crime e no que foi revelado ao longo de todo o processo criminal. 

Eu até achei meio tendencioso ao final da leitura, como se a todo momento o autor quisesse achar outros culpados ou que a justiça tinha sido injusta nesse caso. E apesar de tudo que foi colocado, apesar de ser uma história que envolva uma criança e que os culpados nunca confessaram, fica difícil acreditar que eles não estão envolvidos. 

Eu acredito que todos tenham que ler para chegar as suas próprias conclusões. Eu li e gostei. E acredito que no fim, o Rogério estava fazendo seu trabalho enquanto jornalista, tentou ser parcial e mostrar o outro lado, por isso vale a leitura. 

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Título: O pior dos crimes: A história do assassinato de Isabella Nardoni
Autor: Rogério Pagnan
Editora: Record
Páginas: 336

SinopseA história completa do assassinato que chocou o Brasil Construído em ritmo de thriller, O pior dos crimes esmiúça o trágico caso que conseguiu estarrecer a opinião pública de um país rotineiramente violento. Em 29 de março de 2008, Isabella, de 5 anos, foi atirada ainda com vida pela janela do sexto andar do apartamento do pai, Alexandre Nardoni, e da madrasta, Anna Carolina Jatobá, na zona norte da capital paulista, e morreu pouco depois de chegar ao hospital. O que se seguiu foi uma investigação e um processo repletos de pistas mal perseguidas, depoimentos de suspeitos com “pegadinhas”, uso de informações falsas, pressões indevidas para a obtenção de confissões, perícias criminais deficientes e um Ministério Público empolgado com os holofotes. Se o caso Nardoni representou ou não um erro judicial, se houve elementos suficientes para uma condenação “acima de qualquer dúvida razoável”, o leitor será capaz de dizer a partir da leitura deste instigante livro-reportagem.

"Este livro, construído em ritmo de thriller, merece ser lido por todos que se interessam por investigação policial, sistema judicial, crime e castigo. Um dos mais importantes repórteres policiais de sua geração, Rogério Pagnan não se contentou em detalhar o trágico caso que, por inúmeras características, conseguiu estarrecer a opinião pública de um país rotineiramente violento. O autor foi além, enfrentando questões urgentes e ainda pouco debatidas no Brasil a respeito da natureza e dos limites de um processo judicial, o que torna esta obra, desde já, imprescindível no campo do Direito. Aqui estão expostos os vícios que alimentam uma engrenagem burocrática investigatória abaixo das necessidades de um país com seus 60 mil homicídios ao ano: pistas mal perseguidas, depoimentos de suspeitos com “pegadinhas”, uso de informações falsas, pressões indevidas para a obtenção de confissões, perícias criminais deficientes, um Ministério Público empolgado com os holofotes, dúvidas transformadas em certezas. Embora, vale dizer, não sejam características restritas ao Brasil, são ingredientes de uma receita destinada a produzir processos frágeis e cheios de dúvidas. Mas, se o caso Nardoni de fato representou ou não um erro judicial, se houve elementos suficientes para uma condenação “acima de qualquer dúvida razoável”, como se espera no desfecho de qualquer acusação, o leitor poderá dizer a partir da leitura deste instigante livro-reportagem. Pagnan demonstra o que sempre se espera dos grandes repórteres em quaisquer circunstâncias: cético sem ser cínico, afirmativo sem ser leviano, ágil sem ser superficial. Sua exaustiva pesquisa sobre detalhes do processo, contrapondo argumentos da acusação e da defesa, produziu uma peça da mais alta qualidade e mais alto interesse jornalísticos. Obra que deveria servir de reflexão para todos que, de uma forma ou de outra, no curso de suas vidas profissionais, como policiais, promotores, juízes e jornalistas, acabam tendo que lidar com episódios dramáticos como a morte brutal da menina Isabella Nardoni." (Rubens Valente, jornalista)

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