16 de novembro de 2025

{Resenha} Eu sou o Mau

Hoje a resenha é sobre o livro "Eu sou o Mau" de Ana Gabriela Lopes Pimentel. 

Foto retirada de Arquivo Pessoal

Eu comecei a ler essa história e já sabia mais ou menos qual seria o contexto, mas achei ele tão sensível que vale a pena escrever um pouco sobre o que o livro trata. 

Quando a gente lê o título, não imagina que a história gira em torno de um menino, que se chama Maurício e que está dentro do Transtorno do Espectro do Autimo (TEA). Entretanto, para além de diagnóstico, Mau é um menino que gosta de brincar, de se balançar, que fala pouco e por isso as pessoas o acham estranho, mas ele entende o que as pessoas cochicham perto dele. 

Ao mesmo tempo, ele fica feliz e a forma com que demonstra é agitando os braços. Isso causava constrangimento para os pais, mas hoje entendem que é uma maneira do Mau se expressar. 

E são tantas coisas, que não conseguimos entender, quando a criança apresenta um diagnóstico, que esquecemos que aquela criança é uma criança, que precisa brincar, interagir com outras crianças com deficiência ou não, estar no ambiente escolar, estar com adultos. 

Entender que o diagnóstico não deveria moldar a maneira como essa criança é tratada na sociedade também é importante. 

A autora traz isso de uma forma fluída e sensível as questões do TEA. Mau é um menino que quer brincar, quer pular, quer ser feliz, e em muitas das vezes apresentará algumas dificuldades, mas que os seus responsáveis possam orientá-lo da melhor maneira possível. E que ele não seja excluído dos espaços, só por ter um diagnóstico.

Vamos tentar olhar com olhos menos julgadores e mais inclusivos para as nossas crianças com deficiência. 

Eu adorei a leitura e você também vai gostar.

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Título: Eu sou o Mau
Autor: Ana Gabriela L. Pimentel
Editora: Albatrozinho
Páginas: 16

SinopseDescubra a história de Mau, um menino extraordinário com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), que transforma suas diferenças em uma lição de amor, respeito e compreensão. De forma sensível e inspiradora, Mau nos convida a enxergar o mundo pelos seus olhos únicos, em uma jornada emocionante que vai toc Deixe-se encantar pela história emocionante de Mau e mergulhe em uma aventura cheia de aprendizado e magia!


9 de novembro de 2025

{Resenha} Nunca saia sozinho

 Hoje a resenha é sobre o livro "Nunca saia sozinho" de Charlie Donlea. 

Foto retirada de Arquivo Pessoal

E vamos para mais um livro finalizado do Charlie e confesso que esse está entre um dos meus preferidos. A cada livro, a escrita do autor melhora demais e você se vê envolvido na trama, a ponto de não conseguir sacar quem seja o autor dos crimes.  

E nessa trama vamos conhecer os alunos da Escola de Elite que vivem um drama desde que, há um ano, houve um massacre, dois estudantes foram assassinos de uma forma brutal, o que comeveu todos os alunos e professores da escola. Na casa da floresta as coisas aconteceram de uma forma muito misteriosa e desde então, todos estão com medo do "homem do espelho". Além disso, após um jornalista famoso trazer novamente essa história através de um podcast, fatos curiosos começaram a acontecer.

E nessa trama que envolve adolescentes, mistério e assombração a nossa especialista em casos arquivados Rory Moore entra em ação juntamente com o seu parceiro Lane Philips, que começam a investigar e aí as coisas começam a sair do bueiro. 

Rory detesta sair da sua rotina, mas ao se deparar com um convite feito por Lane, a nossa protagonista terá que enfrentar os seus medos e se jogar e isso será essencial para conseguir salvar o seu amado e ainda desatar o nó que está amarrado na Escola.

Esse livro consegue amarrar todas as arestas e nos faz ficar tensos do início ao fim. Apesar dos vários personagens, o autor deixa claro quem é o assassino e quem é a vítima. Por diversos momentos me peguei achando que sabia quem era o serial killer, mas eu errei miseravelmente. 

A leitura é fluida e nos permite viajar com os acontecimentos. Eu gostei bastante desse livro e o final me deixou de cabelo em pé. Livro após livro, o Charlie evolui bastante na escrita e nos faz ficar extremamente curiosos com os fatos e o que acontecerá após. 

Eu estou adorando a série e super indico a leitura. Para quem gosta de thriller psicológico e suspense, essa série do Charlie vai te fisgar e supreender. Então vem ler e depois me conta o que achou. 

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Título: Nunca saia sozinho
Autor: Charlie Donlea
Editora: Faro Editorial
Páginas: 352

SinopseSE ACEITAR O CONVITE, NÃO IGNORE O AVISO. Dentro dos muros de uma escola de elite as expectativas são altas, e as regras, rígidas. Na floresta, além do campus bem cuidado, há uma pensão abandonada que é utilizada pelos alunos como ponto de encontro noturno. Para quem entra, existe apenas uma regra: não deixe sua vela apagar ― a menos que você queira encontrar o Homem do Espelho... Há um ano, dois estudantes foram mortos em um massacre terrível. Desde então, o caso se tornou o foco do podcast “A casa dos suicídios”. Embora um professor tenha sido condenado pelos assassinatos, muitos mistérios e perguntas permanecem. O mais urgente é: por que tantos alunos que sobreviveram àquela noite macabra voltaram ao lugar para se matar? Rory Moore, especialista em casos arquivados, e seu parceiro, Lane Philips, começam a investigar a noite dos assassinatos, em busca de pistas que possam ter escapado da escola e da polícia. Porém, quanto mais descobrem sobre os alunos e aquele jogo perigoso que deu errado, eles se convencem de que algo fora do normal ainda está acontecendo. O jogo não acabou. Ele prospera... em segredo, em silêncio. E, para seus jogadores, pode não haver uma maneira de vencer ou de sobreviver.


19 de outubro de 2025

{Resenha} Um caminho para a liberdade

Hoje a resenha é sobre o livro "Um caminho para a liberdade" de Jojo Moyes.

Foto retirada de Arquivo Pessoal

E hoje vamos conhecer um pouco a história desse livro, que eu já estava bem curiosa para ler e demorei muito tempo, sinceramente, não sei porquê. 

O livro se passa em torno de 1930, em uma cidade do interior dos Estados Unidos, quando cinco mulheres se unem para levar a literatura para lugares de difícil acesso. 

Alice, uma jovem inglesa e muito sonhadora, vê no casamento a possibilidade de sair de sua cidade e ir morar nos Estados Unidos. Ao se casar com Bennett Van Cleeve, Alice acredita que poderá ser mais livre e questionadora, em um país que julga ser mais livre que o seu. Só que no Kentuchy as coisas não funcionam muito desse jeito. 

Alice se interessa pelo projeto da biblioteca circulante, em uma reunião da Igreja e passa a participar do projeto, que consiste em entregar livros para pessoas em lugares bem distante do centro onde eles vivem. Alice se aproxima de Margery e as duas encabeçam a narrativa desse livro, que fala muito sobre lealdade, amizade, sororidade, romance e um mistério ao final que deixa a gente com um misto de revolta e justiça. 

Margery é uma mulher autoritária, insolente e que tem um coração muito bom. Está sempre disposta a auxiliar as pessoas, mas ela não consegue ser tão simpática quanto Alice, uma inglesa que veio para casar com o filho de um dos homens mais influentes do condado e que faz de tudo para boicotar a biblioteca itinerante. Alice só quer ter uma família e descobre que nem tudo é tão simples assim. Se casa por amor e após um ano, vê que seu casamento é só uma fachada para os negócio da família. 

Essa leitura é bem profunda, porque ao longo da história podemos ver o preconceito da época, o quanto a mulher não tinha muita voz. São sempre atropeladas por homens que querem mandar na cidade e nelas, mas que podemos observar que através do diálogo, da amizade e do companheirismo, elas começam a ganhar força e acabam transformando a cidade. As personagens secundárias também fazem muita diferença na história e as outras três mulheres que auxiliam na biblioteca são sensacionais. 

Eu sou suspeita para falar da Jojo, gosto dos livros dela, confesso que esse eu demorei muito para ler, mas acho que estava em um momento complicado e achei o início um pouco arrastado, mas tirando isso depois eu devorei e gostei bastante. Acho que o final foi bem corrido, mas ainda assim me deixou com o coração quentinho. 

Agora se vocês não conhecem os livros da Jojo, leiam, vocês não irão se arrepender, esse eu super indico e ficarei feliz de saber a opinião de vocês, então venham me falar. 

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Título: Um caminho para a liberdade
Autor: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Páginas: 368

SinopseCinco mulheres vão enfrentar uma cidade inteira por amor aos livros. E juntas vão descobrir o poder do conhecimento, da liberdade e da amizade. Em uma época em que não seguir os costumes e a religião era transgressão gravíssima, o caminho de um grupo de mulheres se cruza de maneira inesperada. A década de 1930 está chegando ao fim, e, em uma pequena cidade do interior dos Estados Unidos, a ideia de que as moças administrem uma biblioteca itinerante desafia o status quo. Com o compromisso de levar livros para os moradores mais pobres da região, Margery, Alice, Beth, Sophia e Izzy aceitam trabalhar na biblioteca. E à medida que enfrentam inúmeras dificuldades, como aprender a cavalgar, percorrer rotas de difícil acesso e suportar o preconceito dos mais conservadores, elas fortalecem o laço que as une e descobrem mais sobre si mesmas. Em pouco tempo, toda a cidade se volta contra o grupo, colocando em risco a sobrevivência do projeto. E as mulheres vão se perguntar mais uma vez se o poder das palavras será suficiente para salvá-las. Inspirado em uma história real, Um Caminho Para a Liberdade fala de lealdade, independência e justiça. Com uma trama envolvente e emocionante, Jojo Moyes faz o leitor refletir sobre as redes de apoio e amizade entre mulheres e como é preciso ir além dos nossos — supostos — limites. Afinal, conquistar a liberdade nunca é fácil.


29 de setembro de 2025

{Resenha} A filha primitiva

Hoje a resenha é sobre o livro "A filha primitiva" de Vanessa Passos. 

Foto retirada de Arquivo Pessoal

Eu comecei a ler esse livro despretensiosamente. O livro é ambientado em fortaleza, e a narrativa gira em torno de mãe, avó e filha. Três gerações de mulheres, que sofreram com a dor do abandono, do preconceito, da miséria e da violência. 

Narrado pela filha branca, que rejeita a maternidade e só quer ter um pouco mais de carinho de sua mãe. Uma avó negra, que traz as marcas da violência e do abandono em sua pele, e ainda assim consegue entregar um pouco de afeto para a neta, que não foi nenhum pouco desejada e faz de tudo para estar do lado dessa mãe.

A narrativa é nua e crua, e você acaba se envolvendo com os  personagens, e com o que cada um conta das suas próprias experiências nessa existência. A filha só quer saber quem é o pai, a mãe esconde veemente porque traz sofrimentos que já estão enterrados. 

A Vanessa traz um livro que mexe com as suas emoções. Eu amei o livro, ele é duro, é cruel, te assombra com uma narrativa direta. Uma filha que teve a oportunidade de estudar, mas que não saber quem é o seu pai é o que te deixa mais triste e mais sentida com a mãe.

A avó é negra, trabalhou duro para dar sustento para a filha, mas não conseguiu dar o principal: afeto.

Ao se deparar com a netinha, a avó amolece o coração, e quer oferecer o que não entregou para a filha, mas há muita dor, muita mágoa e rancor. 

Não tem como não sentir o que a Vanessa passa na sua escrita. Adorei o final, me deixou com o coração um pouco mais quentinho e a esperança de que dias melhores podem surgir a medida que conseguimos externar os nossos sentimentos. Falar é ouro. 

A escrita é fluida e você termina super rápido. Então, estão esperando o que para ler esse livro?

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Título: A filha primitiva
Autor: Vanessa Passos
Editora: Independente
Páginas: 174

SinopseUma história de amor e ódio, violência e redenção. Ambientada em Fortaleza, A filha primitiva traz luz e sombra para uma geração de mulheres: avó, mãe e filha – unidas pela dor e pelo abandono, separadas pela fé, pelo ceticismo e pelos segredos que guardam. Uma avó negra que esconde quem é o pai da filha. Uma mãe branca que escreve para preencher as lacunas de sua vida e rejeita a maternidade. Uma filha que recebe a raiva de mãe para filha e já nasce sentindo a dor de ser mulher. Uma ficção imersa numa crueza de linguagem e calcada no real que transforma uma história de ancestralidade em grande literatura.

17 de agosto de 2025

{Resenha} Uma mulher na escuridão

Hoje a resenha é sobre "Uma mulher na escuridão" de Charlie Donlea.

Foto retirada de Arquivo Pessoal

Eu estou lendo a sequência dos livros do Charlie, fico me perguntando porque não li antes, mas ainda bem que comecei. Esse é o quarto livro dessa sequência, que teoricamente não é uma sequência, mas a medida que vamos lendo, só melhora. 

Nesse livro vamos conhecer Rory, uma investigadora forense que se depara com uma situação inusitada, ao limpar o escritório do pai, após a sua morte, encontra documentos de um cliente, que vai fazer com que ela embarque em uma história que ficou conhecida há quarenta anos e que foi noticiado em todos os jornais do país.

No verão de 1979, cinco mulheres de Chicago desapareceram. Um homem, apelidado de O ladrão, não deixou corpo ou pista, até que uma mulher enviou um pacote misterioso para a polícia. Essa mulher é Angela Michell, considerada esquizofrênica e diferente das pessoas ao seu redor, Angela consegue enxergar coisas que as pessoas que estão ao seu lado não vêem e traça uma batalha muito grande entre o que é politicamente correto e o que pode ficar escondido. 

 O que essas as duas tem em comum: o cliente que seu pai deixou para que Rory cuidasse é nada mais, nada menos que Tomas Michell, o Ladrão, que foi condenado pelo assassinato da própria mulher. Rory se vê envolvida emocionalmente com Angela e em um emaranhado de mistério que não tem como desvendar para colocar um ponto final nessa história. 

O início do livro é um pouco lento, pois nos deparamos com a narrativa de Angela, em 1979 e nos tempos atuais, 2019. Rory é uma protagonista um tanto introspectiva, não é adepta de simpatia e muito menos de pessoas ao seu redor. Só confia em uma pessoa e geralmente trabalha sozinha. O que ela não consegue entender é porque o pai ficou tanto tempo protegendo e ajudando um assassino. Isso é uma pergunta que ela se faz e não tem uma resposta concreta. 

O final é surpreendente. Confesso que fiquei confabulando com a Angela e com a Rory, quem realmente era o assassino de todas essas mulheres um fato curioso era que as duas eram autistas, mas por ser um transtorno pouco conhecido, isso foi pouco explorado no livro e acho que disso senti falta. 

Outro ponto alto do livro foi o final,  adorei a forma como Charlie foi conduzindo a história para um ponto que todos eram suspeitos. Confesso que me deixou angustiada até descobrir. Os personagens secundários também foram peças fundamentais para desvendar os mistérios. 

E com certeza, vou continuar lendo os livros do Charlie, pois a cada novo capítulo ele só melhora a narrativa. 

E você, já leu algum livro? Vem me falar o que achou. 

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Título: Uma mulher na escuridão
Autor: Charlie Donlea
Editora: Faro Editorial
Páginas: 304

SinopseAo limpar o escritório de seu pai, falecido há uma semana, a investigadora forense Rory encontra pistas e documentos ocultados da justiça que a fazem mergulhar num caso sem solução ocorrido 40 anos atrás. No verão de 1979, cinco mulheres de Chicago desapareceram. O predador, apelidado de Ladrão, não deixou nenhum corpo ou pista — até que a polícia recebeu um pacote enviado por uma mulher misteriosa chamada Angela Mitchell, cujas habilidades não-ortodoxas de investigação levaram à sua identidade. Mas antes que a polícia pudesse interrogá-la, Angela desapareceu. Agora, Rory descobre que o Ladrão está prestes ser posto em liberdade condicional pelo assassinato de Angela: o único crime pelo qual foi possível prendê-lo. Sendo um ex-cliente de seu pai, Rory reluta em representar o assassino, que continua afirmando não ser o assassino de Angela. Agora o acusado deseja que Rory faça o que seu pai prometeu: provar que Angela ainda está viva. Enquanto Rory começa a reconstruir os últimos dias de Angela, outro assassino emerge das sombras, replicando o mesmo modus operandi daqueles assassinatos. A cada descoberta, Rory se enreda mais no enigma de Angela Mitchell, e na mente atormentada do Ladrão.Traçar conexões entre passado e presente é a única maneira de colocar um ponto final naquele pesadelo, mas até Rory pode não estar preparada para a verdade...




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